terça-feira, 21 de junho de 2011

Eu sou a poesia que calou-se no caminho.
Por isso interpreto.
Por isso sou canal entre a Ideia e a Plateia.
Transmito apenas o que Deus soprou no ouvido do poeta, e que o poeta me deu para que minh'alma se elevasse...
e, como não me satisfaço em elevar minha alma, canto.
Canto pra que as almas dos que fazem parte de mim tenham acesso ao Belo,
e para que estejam ao meu lado nesse caminho que segue para frente e para o alto.
Muito prazer, sou uma Artista!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Acho que vejo o mundo pelos olhos de uma criança

será que sou criança?
será que são só meus olhos?
será que moram tantas Catharinas em mim?

acho tudo lindo, sim, porque tudo fica lindo quando olhamos com os olhos puros de quem nunca viveu as coisas da vida.basta perceber que cada dia é único.
e tudo parece novo.
e tudo é lindo, sempre.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Descobri como é que as pessoas conseguem escrever.

Quantas e quantas vezes parei, pensei, me espremi por dentro, numa tentativa de que minhas palavras soassem bem, expressassem tão belos sentimentos que moravam em mim... mas nada conseguia.

O intelecto não trabalha a favor das Ideias.

O intelecto trava, bloqueia o canal de transmissão...

Mas a Arte (ela, sim, minha maior Mestra) me ensinou a utilizar essa canalização das Ideias em minha vida, em diversos aspectos.

Um deles foi o uso as palavras.

Elas agora jorram de mim.
Elas parecem desesperadas para ver o mundo que não viam daqui de dentro.
Elas são a expressão do que de mais Belo e Profundo mora em mim.

Desconfio também, que o que mora hoje em mim seja mais Belo e mais Profundo do que jamais foi, e isso certamente contribuiria para essa obstinada decisão das minhas palavras de saltar para o mundo.

E eu apóio:
Saltem!
Se joguem!
Se atirem despenhadeiro abaixo!

Talvez a altura seja apenas uma ilusão...
A ilusão de que haverá um fim, quando na verdade todo fim é apenas o recomeço da grande queda, que vista de outro ângulo é o meu tão sonhado vôo em direção aos céus.

sábado, 4 de junho de 2011

E hoje me ponho a escrever
são as palavras que sempre moraram em mim
mas nunca se encorajaram para sair

Me sinto feliz como sempre e como nunca
pelas palavras que agora fluem, me libertando

Era tudo o que eu queria.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

(...) Eu canto porque a minha voz é incontrolável,
e quanto mais quero contê-la,
mais ela se rebela,
mais toma conta de mim
e vaga pelo ar como se os deuses tivessem ordenado:
'Saia, Voz! Vá preencher o espaço vazio do mundo,
antes que a escuridão se acumule pelos cantos'.
E eu nada posso contra os deuses,
nada posso contra meu Ser
que se expressa inexoravelmente em cada nota musical.